Friday, July 29, 2011

Update

A falta de posts neste blog só tem uma razão:
Muito trabalho.
Trabalho, trabalho, trabalho.
No princípio de Junho, a propósito do Dia Mundial da Criança, fiz este circo, que até teve direito publicação no nº 4 da revista "Faça fácil cake design":




Para esclarecer o leitor atento, o elefante e o leão estavam em plena performance circense no momento em que a foto da revista foi tirada, e por isso não puderam vir à entrada do circo fazer pose :)
E claro que este bolo pedia uns pirulitos para fazer pandan:



Junho é o mês da folia e a vida não teria a mesma graça se não fosse o São João do Porto, claro está.
Bibó Porto!
Bibó São João!
Olhó Manjerico!



A noite de S. João é sagrada para nós. Passamo-la há anos na casa de uma amiga com um grupo de bons amigos. Esse grupo tem vindo a crescer, naturalmente, com crianças a nascer todos os anos. Este ano tinhamos duas pré-mamãs de primeira viagem que passaram a noite a caipirágua.

Entendeu-se que a noite de S. João era o momento ideal para revelar ao mundo o sexo das crianças que aí vêm. Como?
Com bolo, claro. What else?

Os americanos fazem isto muito a sério: pedem ao médico para escrever num papel se é menino ou menina e fechar o envelope que segue directamente para a mão do pasteleiro. O artista recheia o bolo com creme azul ou rosa, consoante o caso, a família faz uma grande festa e em conjunto cortam o bolo ansiosos por saber o que o recheio tem para lhes dizer...Só mesmo na América.
Tudo é motivo para festa, tudo é desculpa para comer bolo, vamos lá a isso então.
No nosso caso a revelação era apenas para os amigos, os pais já sabiam, claro.

Recebi a informação top secret dias antes. 2 meninos. Guardei segredo, nem ao marido disse. Claro que os meus filhos viram-me a bater creme azul e tive que os fazer prometer que não diriam nada sobre a cor do bolo. "mas posso dizer que é castanho, não posso?" O bolo era de chocolate... "sim, isso podes, desde que não digas mais nada..." Eu levo estas coisas muito a sério.
Já na festa, as mamãs posaram para a fotografia com os bolinhos na mão.

Estavam lindas.

De repente, um movimento mais brusco e um dos bolos desliza da base e vai aterrar redondo no chão. Só me lembro de voar num arco perfeito, de braços abertos, e de aterrar sobre o bolo, protegendo-o como protegeria os meus filhos num tremor de terra.
Não seria assim, com um bolo todo esborrachado no chão e o creme azul todo espalhado no soalho que se iria saber que um dos bebés era menino. Não.
Deixei-me ficar enquanto pensava numa solução.
olhei. afinal não se tinha esborrachado. Via-se o creme azul, mas nada que um jeitinho de pasteleira não resolvesse. Recompus-me, segurei cuidadosamente o bolo e coloquei-o sobre a mesa (o que não mata engorda, sempre ouvi dizer) perante o olhar incrédulo dos presentes, que claramente acham que estou a endoidecer desde que comecei a fazer bolos.

Cortaram-se os bolos, um de cada vez, com muita festa e muitas palmas.

Algumas caipirinhas depois, fiquei a saber que a grande maioria das pessoas já sabia que eram meninos.

Bah.

Muito mais se fez em Junho e em Julho. A seu tempo publicarei, que este post já está longo.
E porque estamos quase a 1 de Agosto, esse dia mítico de viagem rumo ao Sul, deixo-vos os meus votos de boas férias e merecido descanso!

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