Tuesday, August 23, 2011

Cupcakes: a obsessão da pastelaria moderna

Reparei no outro dia que um anúncio de tv mostra uma avó, com ar de avó, a ensinar uma neta a fazer cupcakes. Pensei: não faz sentido. As avós - pelo menos as portuguesas - não fazem nem nunca fizeram cupcakes. Não que não façam outras coisas maravilhosas, como queijadinhas de cenoura e pastéis de feijão cuja qualidade alimentar e apelo salivativo nunca me atreveria sequer a pôr em causa. É a pastelaria tradicional portuguesa que eu adoro e que há-de ter sempre o seu lugar cativo nas montras das confeitarias nacionais que nos fazem ougar, como se diz cá em cima.

A história dos cupcakes é outra. É a guerra - salvo seja - entre a função e a estética, o exterior e o interior, a forma e o conteúdo. Os americanos não parecem preocupar-se com essa dupla faceta do cupcake já que, pelos relatos que leio, lamber buttercream azul turquesa é pare eles um prazer tão grande como para nós lamber morangos com natas.

O problema é que a maior parte dos cremes de que gostamos não têm nem a consistência nem a resistência perfeitas de um puro buttercream (ou creme de manteiga) americano para fazer aquele maravilhoso e inigualável redemoinho no topo.

Assim, há algum tempo que sigo esta busca incansável pelo cupcake luso, que agrade ao tuga por fora e por dentro.



Estes cupcakes foram para o baptizado do pequenino João.


Comecei por fazer as bases e os topos em papel.






Depois, uma bela fornada de queques de noz.

nham.



E agora, os bons dos queques, nas belas das bases.




Depois fiz um creme de noz, usando a base da receita de creme de manteiga, mas com uma percentagem considerável de nozes moídas.

Claro que a noz moída conferiu a este creme alguma granulosidade, que não previ, e usei o bico de pasteleiro errado. Deveria ter usado um redondo, liso, em vez de um estriado. Entupiu com a noz, claro, mas segui em frente, com pouco creme em cima do cupcake para não assustar o començal, sobretudo porque estamos em agosto (atípico, mas ainda agosto). Ficou, portanto, um topo de creme muito mais modesto do que o típico redemoinho de que falei acima.








E, por fim, os topos.




detalhe





Bons e bonitos.


1 comment:

  1. The best part of a cupcake is the frosting. Yours is lacking, barely visible. Sorry...Pile it on, my dear, just pile it on! And, yes, swirl it if you must. Yum!

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